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  • Foto do escritorTreinam Mentorias

Atualizado: 11 de nov. de 2020


(Grassroots … performers at a Swim event. Photograph: Wandern Media)


(Essa matéria foi escrita por Kate Solomon e traduzida por Izabel Muratt) A indústria da música finalmente age na saúde mental dos artistas Novas iniciativas como "Girl & Repertire"e "Swim"estão ajudando jovens - particularmente mulheres - a derrubarem o mito da artista torturada. Em 2016, Lauren Aquilina lançou seu primeiro álbum. No mesmo dia, ela deixou a indústria da música, jurando nunca mais voltar. A pressão da fama crescente, a solidão da indústria para cantoras pop jovens e as intermináveis reuniões cheias de gente (majoritariamente homens) com o dobro da sua idade, atropelando a sua fala, haviam afetado a sua saúde mental e a única forma dela pensar que poderia se recuperar era indo embora sem olhar para trás. Agora, ela espera renovar a abordagem da indústria no cuidado mental, por meio de um novo grupo comunitário e sistema de apoio independente, Girl & Repertoire. "Este tipo de comunidade teria feito toda a diferença para mim", diz Aquilina. Ela cita a falta de mulheres como uma questão fundamental em suas próprias experiências, e espera agora prover a presença de uma "irmã mais velha" para artistas jovens. "É algo que eu nunca tive quando eu tinha 16,17 e é algo que poderia ter mudado o caminho de toda a minha carreira."

Aquilina representa o lado artístico de Girl & Repertoire, ideia de Georgie Willmore, cuja própria experiência de trabalhar numa gravadora aos 18 anos de idade a inspirou a melhorar a experiência de jovens mulheres que estavam ingressando na indústria após ela. "Fiquei chocada quando comecei a descobrir que outras garotas ao meu redor ficariam caladas se alguém as tratassem mal", diz Wilmore. "Porque nenhuma destas garotas se sentiram empoderadas e fortes o bastante para se levantar e se posicionar?" Ela reconhece, porém, que houveram consequências quando ela mesma se posicionou. “Me fez ser vista com maus olhos. As pessoas achavam que era polêmico que a jovem estagiária dissesse: ‘Você não pode fazer isso’ para algum grande executivo sênior." A indústria da música tem enfrentado uma lenta avaliação do nível de cuidado que seus jovens funcionários e artistas recebem. Little Mix recentemente confirmaram que não receberam nenhum cuidado após terem vencido o programa "X Factor" em 2011 e foram empurradas para o status da lista A de artistas. Cada membro teve problemas de saúde mental, desde ao terem que lidar com racismo e bullying nas redes sociais até ansiedade e depressão severa. "Nunca tivemos alguém para saber como estávamos mentalmente, era só vai, vai vai. Pessoalmente, não sinto que alguém se importasse ”, disse Jesy Nelson ao Radio Times.

Incidentes trágicos levaram a uma análise minuciosa de como as gravadoras em particular cuidam dos artistas; rappers como Lil Peep, Mac Miller e Juice WRLD morreram nos últimos anos vítimas de overdose do abuso de drogas, enquanto a estrela da dance music Avicii morreu em 2018 de ferimentos auto infligidos. Em um comunicado, sua família o descreveu como "uma alma artística frágil" e disse que o ritmo com que ele trabalhava "o levou ao estresse extremo...Tim não foi feito para a máquina de negócios em que se encontrou."

Essa máquina de negócios é dirigida por gravadoras, muitas vezes grandes empresas que demoram a mudar, mas há sinais de que o bem-estar do artista é uma prioridade maior agora do que nunca. Peter Robinson, que ensina artistas sobre como navegar pela vida dentro e fora dos olhos do público, enfatiza a necessidade de apoio desde o início até o fim da carreira (potencialmente curta) de um artista. “É cada vez mais parte da conversa nas gravadoras”, diz ele. “E não é inédito encontrar um empresário cujo primeiro movimento ao trabalhar com um artista é colocá-lo em contato com um terapeuta ou life coach.”

“Estamos descobrindo o que podemos fazer para ajudar mais”, disse um porta-voz da Warner Music UK, acrescentando que a gravadora está em “um projeto experimental significativo” com especialistas independentes para fornecer suporte de saúde mental para artistas e funcionários. A Sony cita seu trabalho com a organização de saúde mental, Mind. “Agora, estamos nos concentrando no próximo nível de aconselhamento, recursos e orientação para o artista e suas equipes de gestão e famílias”, disse o presidente e CEO da Sony Music UK e Irlanda, Jason Iley. “Esta é uma mudança geracional. Saúde mental simplesmente não fazia parte do vocabulário da geração mais velha ”, diz Rhian Jones, autora de um livro chamado Sound Advice with Lucy Heyman, parcialmente financiado por gravadoras e empresas de eventos ao vivo (sem controle editorial) para oferecer uma espécie do manual para artistas que navegam na indústria da música. “A metáfora do ‘artista torturado’ existe há muito tempo, o que sugere que algum tipo de desequilíbrio mental é inerente à boa arte, mas há uma grande diferença entre um período temporário de dor emocional e uma doença contínua.”

Essa lenta virada dos rebentos das gravadoras é um sinal bem-vindo de mudança, mas as comunidades de base, como Girl & Repertoire e Scottish Women Inventing Music (Swim), pretendem oferecer apoio de forma mais imediata e independente, especialmente para mulheres e pessoas não binárias. “Acho que agora é o momento de realmente focar no tipo de nível inferior e começar a crescer e empurrá-los para cima, orientar e nutrir”, diz Halina Rifai, da Swim, a ideia sendo prevenção ao lado de cura.

Williams e Aquilina esperam corrigir décadas de supervisão. A primeira reunião delas ocorreu no Zoom, mas após a Covid, há planos para eventos de networking, arrecadação de fundos para oferecer subsídios e sempre um ouvido amigável disponível para suporte, aconselhamento e cuidados.“Senti que não devia falar com mais ninguém”, diz Aquilina sobre a sua experiência como artista de uma grande editora. “Eu deveria ficar em minha própria bolha e não conversar com outros [artistas] sobre o que estava acontecendo. E eu honestamente acho que teria mudado toda a minha vida ter algo assim."




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  • Foto do escritorTreinam Mentorias

Atualizado: 31 de out. de 2020


Neste ano, o WME Awards by Music2 – primeiro prêmio do Brasil integralmente dedicado às mulheres do universo musical, chega a sua 4ª edição! E duas das nossas mentoras TREINAM, Aryane Sánchez (Gestão de Carreira) e Julie Sousa (Community Manager /curadoria de conteúdo de Music Business) são embaixadoras!


A cerimônia de premiação será transmitida ao vivo e com exclusividade pelo canal TNT, o que reforça ainda mais o propósito do WME Awards by Music2, que é exaltar a relevância das mulheres da música.


A premiação acontecerá no dia 8 de dezembro em São Paulo, e será apresentado, pelo 4o.ano consecutivo, pela cantora Preta Gil.


Pelo palco do WME Awards by Music2! passaram artistas como Daniela Mercury, Pitty, Luísa Sonza, Paula Lima, Fernanda Abreu, Tulipa Ruiz, Luedji Luna, Elza Soares, Karol Conka, Duda Beat, Tiê, Tássia Reis e Flora Matos, entre várias outras.


Em breve serão divulgadas as indicadas de 2020 para as 17 categorias, com votação técnica e popular.

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Estiveram abertas até o dia 15 de outubro de 2020 as inscrições para a Treinam (Turma Remota de Ensino Intensivo para Artistas Mulheres), aulas feitas por mulheres e para mulheres, ao vivo pela internet, sobre conceitos e ferramentas para possibilitar musicistas serem protagonista da própria jornada artística.


O treinamento conta com sete mentoras vindas do mercado musical que abordarão temas como gerenciamento de carreira, educação financeira, propriedade intelectual e direitos autorais, personal branding, comunicação com a imprensa entre outros.


As inscrições puderam ser feitas no site www.treinam.com.br. Foram disponibilizadas 25 vagas sendo ainda possível concorrer a cinco bolsas de estudo. As aulas acontecerão via Zoom em encontros às terças e quintas, das 20h às 21h, de 22 de outubro a 08 de dezembro de 2020.

O treinamento tem a duração de três meses, com duas aulas com duração de 60 minutos por semana. A metodologia é de ensino remoto, com exposições, debates, fornecimento de material de leitura de suporte e certificado de participação.


Relevância

A Treinam é um negócio social que intenciona diminuir a brecha de gênero no mercado musical. A desigualdade de oportunidades em função de relações de gênero injustas é uma realidade no mercado musical de diversas partes do globo.

No Brasil, pesquisa realizada com mulheres atuantes no mercado da música pela DATA SIM (2020) 1 aponta que a falta de equidade de gênero tem impacto muito negativo sobre a carreira neste mercado: 61,7% das mulheres entrevistadas afirmam como negativa ou muito negativa a desproporção de homens e mulheres no ambiente de trabalho; 64,9% avaliam como negativa ou muito negativa a desproporção de homens e mulheres em cargos de liderança e 67,1% avaliam como negativa ou muito negativa a desproporção de remuneração entre homens e mulheres.


O time de mentoras da Treinam:

Julie Sousa: Baterista, professora de bateria, podcaster, produtora e idealizadora da Hi Hat Girls, oficina de bateria para meninas e mulheres. Condecorada com o Diploma Heloneida Studart de Cultura, da ALERJ.

Nathalia Moura: Publicitária com MBA em Gestão Empresarial e Estratégia, atua no mercado de Instrumentos Musicais há 10 anos com foco em marketing e mídias

sociais. Nath é também a idealizadora do Guia de Bateras.

Izabel Muratt: Mestre em empreendedorismo cultural e criativo pela Goldsmiths

University em Londres, é produtora artística, de estrada e curadora musical.

Aryane Sanchéz: Especialista em Gestão de Políticas Culturais, produtora cultural e profissional de Marketing. Criadora e curadora do Fórum de Produtores Culturais.

Isis Correia: Jornalista e co-fundadora da Agência 1a1, especializada em divulgação para o mercado da música, bandas e artistas.

Gracielle Fonseca: Jornalista, mestre em Linguística/Análise Crítica do Discurso, autora do documentário Mulheres no Metal, co-autora do documentário Ruído das Minas, co-fundadora do site Festivalando e coordenadora de projetos sociais no terceiro setor.

Dride: Musicista, artista gráfica e designer, pós-graduanda em Teoria, História e Prática de Rock. Fundadora da Design per Music, estúdio digital de design gráfico para músicos, bandas e negócios da música.


Convidadas:

Daniela Rodrigues

É empresária do Rashid e diretora da Foco na Missão Produções e Merchandising, escritório que administra a carreira do músico e sua marca de roupas. Desde 2012, atua como produtora executiva, estando à frente de negociações, planejamentos e divulgação dos trabalhos do rapper.


Serviço

Treinam - Turma Remota de Ensino Intensivo para Artistas Mulheres

Inscrições até 15 de outubro

Link: www.treinam.com.br

Aulas: de 22 de outubro a 08 de dezembro

Mais em:

elas@treinam.com.br

instagram.com/treinammulheres

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