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A SIM (Semana Internacional De Música De São Paulo) recebeu nesta sexta-feira (03) ideias de startups de música na seção ‘pitch sessions: music and tech startups’ e a Treinam (Turma Remota de Ensino Intensivo para Artistas Mulheres), programa de mentorias dedicado à autogestão da carreira de musicistas, conquistou o pódio.


Representada pela gestora cultural Aryane Sánchez, uma das mentoras do programa e à frente do Fórum de Produtores Culturais, o case Treinam foi avaliado por uma banca de nove profissionais ligados ao music business. Entre nove negócios participantes, apenas três foram escolhidos como destaque na categoria startups: Treinam, Grave online e Wow Rank.


A Treinam é uma iniciativa surgida em 2020, durante a pandemia, de mulheres profissionais da música de diversos setores como produção, gestão, comunicação, marketing e design para promover a formação e autonomia na carreira de musicistas iniciantes que almejam o mercado profissional.


Sem fins lucrativos, a Treinam tem como missão fundamental a equidade de gêneros no mercado musical além do fomento de artistas negras e indígenas fortalecendo diferentes vozes e sotaques no mercado. Segundo a UBC (União Brasileira de Compositores), do total dos valores distribuídos pela entidade em 2019, 91% foram para homens e apenas 9% para mulheres e, segundo pesquisa Data SIM, 62% das mulheres entrevistadas avalia como negativa ou muito negativa a desproporção de homens e mulheres no ambiente de

trabalho da música.


A primeira turma da Treinam é majoritariamente não-branca e conta com 25 alunas das 5 regiões do Brasil e está em sua reta final de formação. Foram 3 meses de mentorias ao vivo e relacionamento ativo em comunidade com as professoras idealizadores do projeto que abordaram temas como Branding, Assessoria de Imprensa, Gestão de Carreira e Produção.


As alunas, que durante os módulos passaram por diversas tarefas relacionadas à realidade do mundo real da música, terminarão os módulos com a experiência participar de um pitch de venda real tal como no mercado formal da música. Para isso, a Treinam selecionou uma banca riquíssima de avaliadores formada pelos maiores nomes do mercado como Eliane Dias (Boogie Naipe/Racionais MCs), Eduardo Saron (diretor geral do Itaú cultural) , Cris Falcão (Ingrooves Brasil), Ana Morena (Festival DoSol), Carlos Dias (Lab Fantasma) e Fernanda Paiva (Natura Musical).


A Treinam é Julie Sousa (Community Manager), Aryane Sánchez (Gestão Cultural), Izabel Muratt (Produção Executiva), Dride (Identidade Visual), Nathalia Moura (Branding), Isis Correia (Imprensa) e Gracielle Fonseca (Media Training).O programa contou ainda com professoras convidadas como a pesquisadora Dani Ribas, Flávia César (Warner Chappell), Dani Rodrigues (Foca na Missão), Paula Novo (Ecad) e banda Tuyo.


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Matéria escrita por Lanre Bakare e traduzida por Izabel Muratt.

Guy Garvey, do Elbow, disse que o grupo recentemente encurtou a introdução de uma faixa para que ela apareça nas listas de reprodução. Faixas mais longas não combinam com o sistema de listas de reprodução, disseram os músicos aos parlamentares. Músicos do Radiohead, Gomez e Elbow dizem aos parlamentares ingleses que a indústria deve se reformar e se tornar mais justa.

As três principais gravadoras estão operando "como um cartel" na era do streaming e o sistema atual está ameaçando o futuro da música no Reino Unido, de acordo com evidências fornecidas no primeiro dia de uma investigação sobre o impacto do streaming na indústria musical .

Durante o inquérito do comitê digital, cultural, de mídia e de esportes sobre a economia do streaming de música, os parlamentares ouviram músicos como Ed O'Brien do Radiohead, Guy Garvey do Elbow e Tom Gray de Gomez, que pintaram um quadro sombrio de artistas lutando para sobreviver. Garvey disse que “o sistema atual está ameaçando o futuro da música”, enquanto que a remuneração justa, o aumento da transparência e os modelos de streaming centrados no usuário foram apresentados como formas de reformar a indústria e torná-la mais justa para os artistas.

"Você está se conscientizando da injustiça dentro da empresa e, em seguida, está aderindo a este modelo. E não está funcionando." Ed O'Brien, Radiohead

Gray, que é o fundador da #BrokenRecordCampaign, disse que alguns artistas ainda estavam vinculados a contratos que incluíam cláusulas antiquadas, como uma cláusula de danos físicos de 10%, em que as gravadoras trabalham na suposição de que 10% dos CDs seriam quebrados durante o transporte.

A parcela de um artista é então calculada a partir dos 90% restantes, apesar do fato de que na era do streaming quase nenhum CD é vendido. Tom Frederikse, advogado e ex-produtor, que também testemunhou, disse que, em alguns casos, a cláusula de danos chega a 25%.

“O que está muito claro é que mais de 70% dos consumidores pensam que os artistas são mal pagos. Assim que alguém vê esses dados e aprende os termos dos acordos de pagamento, todos chegam à mesma conclusão: não está certo”, disse Gray.

Depois de ouvir as evidências, a parlamentar Julie Elliott disse que soou como se as três grandes gravadoras - Warner Brothers, Sony e Universal - estivessem operando “como um cartel” devido ao que Gray chamou de contratos “suspeitosamente semelhantes” entre diferentes artistas.

Gray referiu-se a uma recente pesquisa da YouGov que descobriu que 77% dos clientes acreditavam que os artistas não estavam conseguindo um negócio justo, e relata que a Universal registrou receitas de US $ 1,14 bilhão no último trimestre, apesar da pandemia global e da crise econômica.

Os parlamentares ouviram que os enormes lucros obtidos pelas grandes gravadoras não estavam chegando aos artistas que, no caso de Nadine Shah, que também prestou depoimento, estavam lutando para sobreviver na era do streaming. O mercado do streaming valia cerca de £ 1 bilhão no ano passado, no entanto, os artistas teriam recebido apenas 13% da receita gerada. Os músicos disseram que os artistas estavam tendo que se adaptar a um modelo de streaming que substituiu rapidamente o sistema existente na época em que eles assinaram com as gravadoras. O’Brien disse que quando o Radiohead foi contratado em 1991, haviam enormes desequilíbrios, mas que a era do streaming os exacerbou. “É interessante ver as suas reações ao depoimento desta manhã, porque vocês estão se tornando cientes da injustiça e opacidade dentro do negócio e, em seguida, estão aderindo a este modelo digital. E não está funcionando”, disse ele.

Garvey disse que Elbow recentemente encurtou a introdução de uma faixa para que ela fosse mais provável de aparecer nas playlists. Gray disse ao comitê que gêneros como jazz e clássico estão enfrentando dificuldades porque suas faixas mais longas não se adequam ao sistema de lista de reprodução, o que, segundo ele, "beneficia a audição fácil e ambientação."

Gray também disse ao comitê que ouviu falar de casos em que pessoas que tinham playlists influentes em plataformas de streaming estavam sendo pagas para incluir faixas, chamando isso de uma forma moderna de “jabá”.


A investigação continua e ouvirá as “perspectivas de especialistas da indústria, artistas e gravadoras, bem como das próprias plataformas de streaming.” O presidente do comitê, o parlamentar Julian Knight, disse que o objetivo era perguntar se os modelos de negócios usados ​​pelas principais plataformas de streaming são “justos para os escritores e artistas que fornecem o material.” Matéria original: https://www.theguardian.com/business/2020/nov/24/streaming-threatens-future-of-uk-music-says-elbows-guy-garvey

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Foto do escritorTreinam Mentorias

Matéria escrita por Patrick McGuire e traduzida por Izabel Muratt.

No mercado musical atual, a tecnologia nos dá constantes e instantâneas atualizações de como nossa música está desempenhando em plataformas de streaming por meio das contagens de plays. Quanto mais altas forem as contagens, melhor será a música, ou assim segue o pensamento convencional. Isso é totalmente equivocado por vários motivos. No entanto, mesmo tendo um desejo de encontrar um público para sua música de uma forma saudável, pode ser fácil ceder a esta ideia de maneiras que prejudicam o processo da sua criatividade e carreira. Não há nada de errado em querer que muitos ouvintes amem sua música. Na verdade, querer criar essas conexões é uma parte essencial da construção de uma carreira musical. Mas, se sua única métrica para o sucesso musical são as estatísticas por trás de sua música, então você está perdendo a ideia central.

Eles não julgam o verdadeiro valor do seu trabalho


Se suas músicas acumulam muitos plays, então provavelmente sua música é brilhante. Mas se não, deve haver algo faltando em você como artista, certo? Talvez sim, talvez não. Os números não podem nos dizer o verdadeiro valor de nossa música. Algumas músicas decolam e encontram o público em plataformas de streaming porque são ótimas. Outras são favorecidas por algoritmos de forma que seja mais fácil para os ouvintes as encontrarem. Portanto, essas são tocadas muito mais do que outras canções. Com a cultura atual da música centrada na tecnologia e nas listas de reproduções, é muito simplista pensar que as músicas só podem obter seu valor a partir do número de reproduções que têm. Existem inúmeras músicas por aí que são audíveis, significativas e envolventes que têm menos de mil plays. Por outro lado, existem muitas canções extremamente populares que carecem de originalidade e consistência quando se trata de criatividade e audibilidade.

Os números não contam toda a história do que está acontecendo com sua música


Hoje, é completamente possível termos músicas com milhões de plays, mas poucos fãs dedicados. Embora as playlists e as plataformas de streaming estejam inegavelmente dando a artistas não estabelecidos acesso fácil a um grande público, há uma falta de conexão e intimidade que pode acontecer quando os ouvintes são bombardeados por um fluxo constante de novas músicas personalizadas especificamente para suas necessidades. Para muites artistas, é literal e figurativamente fácil se perder na confusão hoje, mesmo que sua música esteja acumulando muitos plays. Artistas em desenvolvimento sem muitos plays nas plataformas, têm a chance de ganhar fãs construindo relacionamentos íntimos e voltados para a música por meio de apresentações ao vivo e envolvimento online direto. O mesmo também vale para músicos que geram altos números de streaming. Já que os números não podem contar toda a história sobre você e sua música, você tem que encontrar uma forma de levar essa história aos fãs diretamente, da melhor maneira que puder.

Seu foco deve ser em criar a melhor música que você pode, e não em números

Atualmente, com um fluxo constante de estatísticas e informações analíticas sendo bombardeadas sobre os músicos, é fácil pensar em lançar uma música como se fosse um jogo de videogame - as canções de maior pontuação vencem. Mas a verdade é que pensar assim é como atacar a criatividade com uma marreta. Se sua primeira e maior intenção durante a composição é escrever uma música que gere muitos plays, sua mentalidade está a um universo de distância de onde deveria estar. Quando deixamos a conexão humana ser o foco de nossa energia criativa, ficamos livres para fazer nosso melhor trabalho. Mas quando o fardo de pensar sobre os números entra em nosso processo, é menos provável que busquemos nossas ideias melhores mais humanas. Pense desta forma: quando você escreve uma música, você está pensando nos seres humanos que irão (espero) ouvi-la, ou nos números que você espera que ela tenha? Se seus pensamentos se concentram mais em gerar plays do que nas pessoas vivas, que respiram, então algo precisa mudar no seu processo.

Nem sempre é fácil, mas podemos ter uma prática criativa e próspera como músicos e, ao mesmo tempo, termos um forte desejo de que nossas músicas sejam ouvidas. Mas, se para você, a contagem de reproduções é a forma mais importante de medir o sucesso, você está errade. Aprofunde-se o suficiente no que você realmente deseja ao criar e compartilhar música e verá rapidamente que conectar-se com as pessoas é muito mais importante do que os números.



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